No segundo dia de Congresso, a sessão “Saúde e Inclusão” trouxe à discussão a saúde mental no trabalho, com Gaspar Ferreira, da Ordem dos Psicólogos Portugueses, a alertar para a importância do bem-estar nas empresas.
Antónia Correia, presidente do KIPT, avançou que o risco de quiet quitting (demissão silenciosa) é maior nos trabalhadores solteiros (25%), e nos que têm entre 25 e 34 anos (28%). Os portugueses estão em maior risco de aderir à prática (23%) do que os estrangeiros (18%), assim como os empregados com formação profissional e superior (57%), seguidos dos que têm formação inferior ao ensino básico (50%). A propensão para desistir é maior entre os que ganham mais de 3 mil euros (35%), seguidos dos que ganham até 999 euros (24%).
Entre as conclusões que constam no estudo feito pelo laboratório KIPT em parceria com a AHRESP, verifica-se que, para otimizar a retenção de talentos, é necessário haver uma gestão eficaz, ou seja, adaptada às necessidades dos diferentes tipos de trabalhadores – mais jovens, imigrantes, profissionais com formação superior. “One size fits all não funciona na retenção de talentos”, assegura Antónia Correia.