EXCERTOS DO ARTIGO DO EXPRESSO, QUE PODE LER NA ÍNTEGRA AQUI
Uma das profissões mais mal amadas no turismo, a de empregado de mesa, terminou oficialmente, e deu lugar ao novo cargo de ‘assistente de sala’. Esta alteração, que resultou do acordo para a negociação do contrato coletivo de trabalho entre a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e o Sindicato dos Trabalhadores do Sector de Serviços (Sitese), já foi publicada no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), a cargo do respetivo ministério. E faz parte de um esforço para a valorização de carreiras num negócio onde o chef parece ter a única função verdadeiramente sexy.
“Ninguém quer ser empregado de mesa, que também é um comunicador, um relações públicas, tem de ter competências que vão muito além da distribuição de pratos da cozinha ao cliente”, frisa ao Expresso Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, considerando “redutora” a designação que “conferia a estes trabalhadores uma perceção errada, de subserviência, o que em nada se coaduna com a sua real importância, eles são a cara do restaurante. Quantas vezes não temos clientes que procuram os nossos estabelecimentos pelo excelente atendimento destes trabalhadores?”.
Também o chefe de mesa, que lidera a brigada de empregados que asseguram o serviço, passou a ‘chefe de sala’, “designações que consideramos mais dignas e coincidentes com a relevância das funções desempenhadas”, salienta Ana Jacinto, constatando que, na restauração, “a única categoria que consegue ser sexy e atrativa é a de chefe de cozinha, e temos de conseguir valorizar todas as profissões”.