“Temos de resolver o drama da carga fiscal sobre o trabalho”

Abr 3, 2023

Na abertura do 'Fórum para VALORIZAÇÃO DAS PROFISSÕES', evento promovido pela AHRESP, decorreu em Ponta Delgada, o Presidente Carlos Moura alertou para a necessidade de resolver a pesada taxa contributiva sobre o trabalho. "É urgente atrair, reter e valorizar os profissionais do turismo, mas para isso as empresas precisam de um ambiente económico mais propício e de um Estado mais amigo"

Veja os momentos mais emblemáticos da intervenção do presidente da AHRESP, Carlos Moura

Carlos Moura abriu os trabalhos do Fórum para a Valorização das Profissões, que a AHRESP promoveu esta quarta-feira em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores. O presidente da AHRESP tocou em todos os temas que foram discutidos ao longo do evento, vertidos no final do evento em 12 conclusões, com particular destaque para o tópico da pesada carga fiscal sobre o trabalho, como um dos fatores mais críticos para as empresas e que se traduz na (in)capacidade de atrair e reter talento.

“Em Portugal, no que toca aos salários, as empresas pagam o que é possível pagar tendo em conta a brutal carga fiscal sobre o fator trabalho. É um drama que tem de ser resolvido porque compromete a capacidade das empresas do turismo”, afirmou Carlos Moura.

Apontou que fatores diferenciadores do país, como o clima, a natureza, a cultura e história, a geografia diversa e privilegiada, aliados a uma reconhecida oferta formativa nas escolas de ensino superior e profissional de Turismo, não são o garante para que a atividade continue a sua rota de crescimento. O presidente da AHRESP assegura que “a qualidade de serviço não pode ser comprometida, sob pena de não conseguirmos fidelizar quem nos visita. E a correlação entre a pesada carga fiscal e a (in)capacidade de investir no capital humano é óbvia: não nos podemos esquecer nunca que o Turismo é a disponibilização de experiências a pessoas, proporcionadas por outras pessoas, que têm de ser reconhecidas e valorizadas”, afirmou Carlos Moura.

Para o presidente da AHRESP, sem empresas musculadas, com tesourarias fortes, a capacidade competitiva do país fica comprometida. Carlos Moura apontou como exemplo o dinamismo económico da Irlanda, país que cresce a dois dígitos a cada ano, como um exemplo a seguir: “Não queremos nem mais Estado nem menos Estado, queremos melhor Estado no seu papel de legislador e regulador. Precisamos de organização, liderança e condições para ter e criar capital para distribuir riqueza”.

VEJA TODAS AS SESSÕES do Fórum para a VALORIZAÇÃO DAS PROFISSÕES AQUI

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