De acordo com os dados do Instituto Nacional 3 Estatística (INE), a classe dos “Restaurantes, Cafés e Estabelecimentos Similares” registou em junho uma inflação de 9,5% (9,7% em maio 2023), com a inflação dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, principal matéria-prima da restauração e similares a fixar-se nos 8,6%.
Não obstante estes sinais positivos de redução de preços de forma generalizada, a realidade é que há ainda aumentos expressivos em vários produtos alimentares, com destaque para os hortícolas (19,8%), as frutas (14,7%), o leite, o queijo e os ovos (13,4%) e o pão e os cereais (8,3%).
De acordo com os dados divulgados pelo INE, a desaceleração da inflação nacional de 4,0% em maio para 3,4% em junho é, em parte, explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis verificado em junho de 2022.
Conforme a AHRESP tem vindo a sinalizar, apesar desta tendência de desaceleração global da inflação nos últimos meses, os preços ainda elevados de vários produtos alimentares continuam a sobrecarregar as despesas do cabaz alimentar das famílias, com influência direta no comportamento de consumo em estabelecimentos de restauração e similares, ou mesmo, nas atividades do alojamento turístico. A par disso, as ainda baixas ou, em muitos casos, inexistentes margens dos negócios nas nossas atividades económicas continuam a obrigar a uma especial cautela e prudência na gestão das empresas.