A Conferência do Dia Internacional da Mulher, que decorreu no dia 13 de março no auditório do TagusPark, em Oeiras, reuniu cerca de 200 pessoas. Embora a presença feminina tenha sido maioritária, registou-se um aumento na representatividade masculina em relação ao ano passado. Entre os participantes, destacaram-se Carlos Moura e Jorge Loureiro, presidente e vice-presidente da AHRESP, respetivamente, que marcaram presença num evento dedicado a reforçar a necessidade de um caminho contínuo para a equidade de género na sociedade, nas empresas, nas instituições.
Linda Pereira, G100 Global Chair Communication, Advocacy & Mediation, enfatizou essa mensagem na sessão de boas-vindas: “O Dia Internacional da Mulher não se assinala com flores, que depressa murcham e se esquecem. É um dia para recordar, todos os dias do ano, que há ainda muito por fazer para alcançar a paridade de género na liderança em todos os setores da sociedade. E é isso que vimos reforçar hoje, com a participação de mulheres formidáveis, inspiradoras, que provam que a mudança está em curso.”
Na abertura da conferência, que contou com quatro painéis temáticos – “Liderança para a sustentabilidade: Um caminho para o futuro”, “Mulheres como agentes de transformação económica”, “Educação e Capacitação: Fundamentos para a igualdade” e “Políticas públicas e alianças globais para a igualdade”, coube a Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, transmitir a mensagem de 16 mulheres que há cerca de um ano apresentaram o Manifesto do Dia da Mulher com as suas ideias para um país mais competitivo, mais inovador, mas também mais justo, onde estão reunidas 57 propostas alinhadas com 10 objetivos dos objetivos ODS (Objetivos Desenvolvimento sustentável.
A secretária-geral da AHRESP, e membro desse painel de 16 líderes, destacou os desafios que as mulheres continuam a enfrentar: “Precisamos de um compromisso contínuo por parte dos governos, das empresas e da sociedade civil. A mudança só acontece quando existe vontade política, medidas concretas e cooperação entre nações, organizações e cidadãos.”
Sublinhou ainda que construir um futuro mais justo e igualitário “é um trabalho de todas e de todos. Portugal só será verdadeiramente competitivo e inovador se garantir que as mulheres têm as mesmas oportunidades que os homens – na política, na economia, na ciência, na tecnologia e em qualquer setor onde queiram estar. O talento não tem género. A inteligência não tem género. Mas as oportunidades, infelizmente, ainda têm.”
Ana Jacinto encerrou a mensagem, garantindo que as 16 mulheres continuarão a ser “persistentes e, se necessário, intransigentes. Porque não se trata apenas de mulheres a reivindicar igualdade – trata-se de um país que precisa de todas as suas pessoas a dar o seu melhor para crescer. E, para isso, não podemos deixar ninguém para trás. Nem eles, nem elas.”
LEIA NA ÍNTEGRA MENSAGEM DE ABERTURA DA CONFERÊNCIA DIA INTERNACIONAL 2025
