Cada alimento desperdiçado representa não só um impacto ambiental negativo, mas também uma perda financeira direta, traduzida em custos com matérias-primas, energia, água e recursos humanos.
Reduzir o desperdício alimentar é, por isso, uma medida essencial de eficiência operacional e de controlo de custos. Desperdiçar alimentos é, na prática, desperdiçar dinheiro.
A doação de excedentes alimentares é um gesto de responsabilidade social que contribui para a redução do desperdício, para o apoio às comunidades locais e para a valorização do papel das empresas do canal HORECA enquanto agentes ativos na sustentabilidade.
Doar é possível, seguro e legal, desde que sejam cumpridas regras simples de higiene e segurança alimentar, garantindo que os alimentos chegam às entidades sociais em perfeitas condições de consumo.
Regras essenciais para a doação segura de alimentos
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- Apenas podem ser doados alimentos próprios para consumo, preparados, confecionados e conservados de acordo com as boas práticas de higiene e segurança alimentar.
- Só podem ser doados alimentos que não tenham estado em contacto direto com consumidores, devendo igualmente ter sido resguardados de quaisquer fontes de contaminação.
- Os alimentos devem ter sido conservados a temperaturas adequadas, e caso tenham estado sem controlo térmico, esse período não deve ultrapassar 1 hora e 30 minutos.
- Os alimentos provenientes de buffets ou exposições devem respeitar rigorosamente os tempos e temperaturas de segurança definidos nos procedimentos internos e no plano HACCP.
- Deve ser dada especial atenção a alimentos de maior risco, como mariscos, carnes e peixes crus ou mal confecionados, pratos com ovos mal cozinhados, sobremesas com ovos crus, alimentos altamente perecíveis e produtos de comida japonesa crua.
- O transporte deve ser realizado em recipientes isotérmicos, fechados, higienizados e capazes de manter a temperatura dos alimentos até à entrega.
- As empresas doadoras devem fornecer às entidades recetoras informação clara sobre os alimentos doados, incluindo identificação dos produtos, quantidade ou peso, data de entrega, prazos de consumo, indicação de produtos descongelados que não devem voltar a ser congelados e informação sobre alergénios.
A partir do momento da doação, a responsabilidade pela higiene e segurança dos alimentos passa para a entidade recetora, cessando a responsabilidade da entidade doadora.
Reduzir o desperdício alimentar é transformar excedentes em valor, perdas em oportunidades e um gesto responsável num contributo real para um futuro mais sustentável e solidário.






