PÚBLICO | Apoio de 2,5 milhões servirá para formar mil imigrantes para empresas do turismo

Ago 5, 2024

No âmbito do plano Acelerar a Economia, apresentado a 4 de julho, o Governo anunciou que 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal seriam dedicados à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”. Fonte oficial do Ministério da Economia avançou ao Jornal "PÚBLICO" que o plano de formação prevê abranger mil pessoas na sua primeira fase. Em declarações ao PÚBLICO, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, afirma que a principal ameaça para o turismo está na escassez de trabalhadores que "condiciona em larga escala o bom funcionamento das nossas empresas, comprometendo os negócios existentes e futuros”

© Fotografia: Publituris Hotelaria/Frame It

Sem revelar datas de implementação, o artigo do “PÚBLICO” de 5 de agosto “Apoio de 2,5 milhões servirá para formar mil imigrantes” avança que o plano de formação de refugiados e migrantes no setor do turismo prevê abranger mil pessoas na sua primeira fase, de acordo com as informações prestadas ao jornal por fonte oficial do Ministério da Economia.

A medida requer recurso à rede de escolas do Turismo de Portugal e estágio nas empresas que queiram aderir ao programa e enquadra-se no âmbito do plano Acelerar a Economia, que o Governo  apresentou a 4 de julho. À data, o Governo anunciou  que 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal seria dedicado à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”.

O programa destina-se a “acolher profissionais, ou não profissionais, para um projeto de formação-integração, visando contribuir para a melhoria das condições de integração dos refugiados e dos migrantes em Portugal”, e a prepará-los para entrarem no sector do turismo, conforme foi detalhado no documento apresentado.

Recentemente, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, afirmou ao PÚBLICO que a principal ameaça para o sector “tem que ver com a falta de pessoas disponíveis para trabalhar e com a dificuldade em manter os postos de trabalho que se vão conseguindo”. “Quer na restauração, quer no alojamento, a escassez de trabalhadores está a condicionar em larga escala o bom funcionamento das nossas empresas, comprometendo os negócios existentes e futuros”, acrescentou.

De relembrarar que, de acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, os setores do alojamento e da restauração estão na segunda posição em que eos trabalhadores estrangeiros têm maior peso, com cerca de 30% do total (depois da agricultura e pesca, com pouco mais de 40%), com destaque para os cidadãos brasileiros e nepaleses.

[in Público, 05.08.2024]

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