tnews.pt | O melhor e o pior de 2022 e desejos para 2023

Dez 30, 2022

A secretária-geral da AHRESP faz um balanço no tnews do ano que termina, elegendo o melhor e o pior de 2022 e os seus desejos para 2023

+ Melhor de 2022

De entre tantos aspetos negativos que fomos vivenciando ao longo de 2022, o que posso referir como mais positivo foi o facto do turismo, após dois anos de pandemia, conseguir assumir-se, uma vez mais, como o motor da nossa economia, muito fruto da qualidade do nosso produto, que é reconhecido e apreciado mundialmente. Não esqueçamos que os negócios do turismo acabam por ter um efeito multiplicador e as dinâmicas que gera acabam por beneficiar várias atividades, como por exemplo o comércio. Não posso também deixar de salientar que, para estes bons resultados,
muito contribuiu o espírito resiliente dos nossos empresários, que inovaram e se reinventaram para fazer face a uma pandemia que durou dois anos e que implicou encerramentos compulsivos e restrições de funcionamento.

– Pior de 2022
Os custos de contexto sobre as empresas, que já eram muitos, não só não diminuíram em 2022, como se agravaram. Uma crise inflacionista, agravada pelo despoletar de uma inusitada guerra na Europa, fez disparar os custos de operação, nomeadamente de energia e combustíveis, com repercussão também na escassez e custos de matérias-primas essenciais para as atividades que a AHRESP representa.

Este cenário tem vindo a reduzir significativamente as margens das empresas, com consequências negativas nas suas tesourarias e na sua saúde financeira. Por outro lado, o ano de 2022 foi também muito marcado pela escassez de trabalhadores disponíveis para trabalhar nos setores de alojamento turístico, restauração e bebidas.

Desejo para 2023
O ano de 2023 perspetiva-se como um ano difícil e de muitos desafios. O que desejo, desde logo, é que se ponha um fim à guerra da Ucrânia e que isso possa contribuir para que o cenário de inflação, no mínimo, não se agrave de forma contínua como aconteceu em 2022, e que a economia portuguesa possa crescer.

Toda a conjuntura que vivemos este ano foi muito marcada pela incerteza e este é um fator que prejudica o desenvolvimento de qualquer negócio. Seja como for, acredito que o turismo continuará a comandar a nossa economia e a impulsioná-la, mas é preciso que o ambiente em que se desenvolvem os negócios seja mais amigo das empresas, para que possam crescer de forma sustentada e sustentável.

Não chega aumentar a procura, é necessário que crescimento se traduza em maior produção de riqueza.

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