Sabia que quase metade dos resíduos produzidos são restos de comida?

Ago 3, 2022

E que cerca de 34% do desperdício alimentar na restauração é proveniente das sobras deixadas no prato pelo consumidor?

Os biorresíduos são os resíduos biodegradáveis de jardins e parques, os resíduos alimentares e de cozinha das habitações, dos escritórios, dos restaurantes, dos grossistas, das cantinas, das unidades de catering e retalho e os resíduos similares das unidades de transformação de alimentos.

Apesar de existirem vários projetos para recolha de biorresíduos junto do canal doméstico e do canal HORECA ainda há muito para ser feito. De acordo com o Decreto-Lei n.º 102-D/2020, de 10 de dezembro, a partir de 1 de janeiro de 2024, a recolha seletiva de biorresíduos, ou a sua separação e reciclagem na origem, passa a ser obrigatória, sendo que no caso de entidades que produzam mais de 25 t/ano esta obrigatoriedade entrará em vigor a partir de 2023.

A AHRESP reconhece a importância da sensibilização junto dos estabelecimentos de restauração e alojamento para a separação destes resíduos, para que estes consigam reduzir o desperdício alimentar. A quantidade de refeições servidas, o tamanho excessivo das doses, a falta de conhecimento no reaproveitamento das sobras é algo que tem de ser trabalho nas empresas. A AHRESP, para além de organizar formações e workshops sobre esta temática, elaborou, juntamente com o Turismo de Portugal, dois Guias que o podem ajudar no combate ao desperdício alimentar e uma infografia com 13 medidas eficazes para combater o desperdício alimentar que podem ser consultados aqui.

Preocupada com este tema, a Câmara Municipal de Cascais, de modo a antecipar a obrigatoriedade da recolha seletiva de biorresíduos em 2023, lançou, já 2018, um projeto-piloto “Separe Mais & Transforme Melhor” com a adesão de 500 famílias das freguesias de Carcavelos/Parede. Após o sucesso alcançado, o projeto foi alargado para 5000 famílias em 2020 ,tendo sido aprovada recentemente a expansão da recolha, não só para todo o concelho de Cascais, mas também para os concelhos de Mafra, Sintra e Oeiras. Cada família recebe, em sua casa, um contentor castanho para pôr na cozinha, sacos verdes e um folheto informativo. Esses sacos verdes, quando cheios, são depositados no lixo indiferenciado e, posteriormente, recolhidos pelos camiões da Cascais Ambiente. Os sacos verdes (óticos) são triados na TRATOLIXO através de um leitor ótico permitindo valorizar todo o seu conteúdo e dar uma nova vida a estes resíduos.

Para mais informações sobre este projeto aceda aqui

PUB

Mais Artigos